sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bons Ventos de Espanha

"Revogarei a lei do aborto" Mariano Rajoy, candidato a presidente do governo espanhol.

[ Via Portugal Pró-Vida ]

É de realçar que um político com possibilidades de chegar ao poder faça uma afirmação destas, pois significa que há uma base popular que o incentivou a isso ( para a qual a coragem do clero católico espanhol muito deve ter contribuído).Não existem muitas razões para confiar na coragem de políticos profissionais. Se Rajoy faz esta promessa, é porque sabe que é aquilo que o povo quer ouvir. Que tem de prometer isto, ou então não terá hipóteses de ganhar as eleições. Espero que ganhe e cumpra o que prometeu.
Por cá, também não duvido que um político profissional e oportunista como um Paulo Portas fosse capaz de prometer que só aceitaria colaborar para um governo de maioria, se o PSD concordasse em revogar a actual lei do aborto.
Nesse dia, o seu partido também teria de se tornar coerente e despachar da bancada parlamentar deputados como Teresa Caeiro. Mas isso só aconteceria se uma boa parte do povo o encorajasse a tal. Com honrosas excepções, um político que escolhe fazer carreira como "de direita" nunca dá um passo em frente sem olhar dez vezes para trás, a ver se é para ali que querem mesmo que ele vá.

Com uma boa resposta à revolução cultural que todos os dias adormece os portugueses nos jornais, televisões e rádios, seria possível criar uma base conservadora consciente. Havendo maioria "pão pão, queijo queijo", os políticos começam a fazer algumas coisitas que a sua base de apoio popular realmente quer. Mas essa resposta e formação de uma base popular conservadora é quase impossível. Para os fazedores de opinião direitista, impera a teoria do mal menor. Vejamos este exemplo do blogue Cachimbo de Magritte, a propósito das eleições presidenciais:

"Ignoro quanto vale o "voto católico", mas, se fosse a causa de ter em Belém o candidato apoiado pelo PS e pelo BE, desconfio que muita gente iria arrepender-se nos próximos tempos"


Isto soa a uma crítica aos católicos que não tiveram uma atitude dita pragmática.Já viram o que seria se por causa do idealismo dos católicos radicais, tivéssemos o bardo Alegre em Belém? A resposta aparentemente óbvia é: quem deixou de votar em Cavaco por coerência com o catolicismo, brincou com o fogo. Será?

Para desmontar isto basta ser mesmo pragmático e recordar os factos ocorridos durante o primeiro mandato de Cavaco Silva. Comecemos por aquilo que Manuel Alegre poderia fazer de tão horrível enquanto presidente. Pergunto:

- Aprovar a legalização da eugenia ?

-Aprovar a legalização do homícidio de bebés até 10 semanas de vida, usando para o efeito o dinheiro dos contribuintes, os hospitais públicos e concedendo a psicopatas a abertura de clínicas de aborto para que lucrem com a destruição de vidas em total impunidade?

-Aprovar a abolição do casamento civil, através da lei que torna a vontade de uma das partes em romper o contrato, absolutamente superior a todas as anteriores (e agora na prática inexistentes) regras e condições de dissolução?

-Aprovar a lei que OBRIGA todas as crianças, desde as mais tenras idades, a sujeitarem-se a experiências "educativas" idealizadas por pedófilos, nas quais são incentivadas pelo ESTADO a masturbarem-se, a usarem contraceptivos, a aceitarem a normalidade da sodomia, da felação, do sadomasoquismo, do aborto e a recusarem as noções morais e éticas cristãs sobre sexualidade; tendo os adultos ( professores) o direito a perguntar às crianças ( alunos) o que lhes provoca excitação sexual?


-Aprovar a transformação do casamento civil (anteriormente abolido) na patética valorização e reconhecimento estatal do desvio comportamental homossexual como equiparável à relação estável monogâmica, entre um homem e uma mulher; deixando a porta aberta para que a breve prazo se estabeleça que é indiferente a uma criança ter ou não um pai e uma mãe, já que a lei do casamento equipara essa realidade à de uma parelha homossexual?

A resposta é não. Manuel Alegre não nunca iria aprovar nada disto. Não porque não quisesse, estou certo de que ele teria imenso orgulho em ter a sua assinatura nestas leis como coerente bloco-socialista que é, mas porque estes crimes já foram aprovados pela assinatura de Cavaco Silva.
O que poderia então Alegre fazer de tão terrível e desumano, que ainda não tivesse sido feito? Talvez aprovar uma lei da eutanásia/suicídio assistido e o alargamento do prazo do aborto livre para as 14 semanas ( até ver). Imaginemos que estas seriam propostas do Bloco de Esquerda e incluamos no pacote a descriminalização da produção/venda de marijuana e a autorização para que os médicos receitassem cocaína a pedido dos "doentes", conforme constou no último programa eleitoral do partido amigo da pedrada. De resto, Sócrates mantinha-se no poder até 2013. Poderia ser essa a prenda de Alegre ao seu PS.

Facto: Manuel Alegre não foi eleito. Não poderá contribuir em Belém para esta realidade.

Pergunta: Cavaco Silva, tendo em conta o seu primeiro mandato, é garantia de que nada disto acontecerá? Pois...

Imaginando que Cavaco Silva não tinha sido eleito por causa do "voto católico", a coisa verdadeiramente assustadora é que o "voto católico" revelar-se-ia capaz de decidir eleições. E não me parece que isso fosse motivo para o eleitorado do "voto católico" ter arrependimento. Em próximas eleições, esse eleitorado entraria nos cálculos dos políticos profissionais. Começaríamos a ver uma luzinha ao fundo do túnel.

Mas não, o mal menor da eleição de Cavaco é motivo de alegria. Sintam-se culpados os incapazes de votar Alegre, que irresponsavelmente não votaram em Cavaco só porque decidem o sentido de voto aplicando um critério moral objectivo à realidade dos factos. Já viram se o mau exemplo tivesse sido massivamente seguido?

Ainda acabaríamos a matar bebés ou a promover os ensinamentos do pedófilo Kinsey nas escolas portuguesas.


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